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Café com Ideia: Cannes 2010

Na quarta-feira, 11/08, a Binder Visão Estratégica promoveu mais uma edição do Café com Ideia, evento fechado que reuniu funcionários, clientes e convidados da agência. Começando com um café da manhã, os participantes, em seguida, assistiram a uma palestra com o Sócio e Diretor de Planejamento da Binder, Flávio Cordeiro, sobre as principais tendências da propaganda mundial, apresentadas no festival Cannes Lions 2010.
Em sua apresentação, Flavio Cordeiro destacou 10 tendências do mercado da Comunicação, entre elas: a humanização das marcas, de modo a se aproximarem cada vez mais do consumidor; a co-promoção do bem, que incentiva as pessoas a pensar no outro; a coragem para romper com paradigmas clássicos de comunicação em determinadas categorias de mercado; a não-restrição da propaganda aos “30 segundos”, mostrando a tendência cada vez maior de associação a outras mídias e formas de divulgação; e o video online e mobile, a “próxima fronteira” de inovação, entre outras tendências.

O Café com Ideia – Cannes 2010 contou com a presença de cerca de 60 pessoas.

Cannes Lions Festival 2010 – R/GA

Uma das melhores conferências até o momento foi a da R/GA. A agência tem em seu portfólio alguns dos cases mais bem sucedidos dos últimos tempos, o mais conhecido deles sem dúvida é a plataforma de relacionamento e branding Nike+ http://bit.ly/38qhIS

A apresentação girou em torno de três pontos:

  1. Como reimaginar as marcas
  2. Como redesenhar as equipes para trabalhar num novo contexto e com os novos desafios impostos pela revolução digital e finalmente…
  3. Como redesenhar os processos de trabalho dentro das agências.

Reimaginação

Com relação ao processo de reimaginação das marcas, a principal ponto de atenção é que os orçamentos que até agora destinavam 80% para mídia e 20% para produção das idéias está sofrendo uma inversão, com a criação de sistemas de engajamento como o Nike+, uma vez que as marcas estão sendo construídas em torno de novos contextos. A agência enumerou os 10 principais contextos:

#1 Informação – Exemplo: o Google se tornou o mais importante conector da era digital e muitas marcas estão sendo criadas com base em informação.
#2 Transaction (Amazon: transaction to agregation) / Nike
#3 Participação (Facebook / Youtube / Flicker etc)
#4 Conversação ( Twitter)
#5 Aplications
#6 Localização (Geomarketing)
#7 Diversion
#8 Agregação (Youtube… serviços – como fritar um ovo, como trocar um pneu)
#9 Visualização – Nike plus
#10 Interrupção (que é como eles chamam, na minha opinião erradamente, a propaganda que não seja “engajamento”)

Redesign Teams

O formato de trabalho da R/GA divide os times em pessoas capazes de criar  “brand stories” e aqueles capazes de criar sistemas de envolvimento a partir das histórias criadas. O principal ponto aqui é que as agências que são “mestres na interrupção” precisam se tornar “mestres do contexto”.  Isso requer um novo jeito de pensar, agir, novos tipos de colaboração e interação entre as equipes dentro e fora da agência.
Redesign de Processos

Novos desafios implicam novos processos de criação, desenvolvimento e distribuição das ações.  Não basta colocar gente diferente junta apenas, é preciso integrar os times e mudar o sistema de pensamento, o que significa não privilegiar qualquer suporte ou tela.

Aqui vai o site da R/GA:   http://www.rga.com

Cannes Lions Festival 2010 – Google e Facebook

Hoje mais do que nunca foi o dia dos Titãns da web em Cannes:  Google e Facebook. Henrique de Castro, VP de Global Media e Plataformas do Google abriu o dia falando de Google TV, ou em outras palavras, da fusão inevitável entre as várias telas que usamos: TV, Celular, Computador. As principais transformações derivadas desse movimento serão o aumento do poder de interação entre as pessoas e o conteúdo (assistir a um jogo de futebol e comentá-lo ao mesmo tempo na mesma tela) e uma fragmentação ainda maior da audiência. Essa fragmentação nos levará a uma nova forma de trabalhar: mass segmentation, onde o papel da tecnologia para gerenciar um volume tão disperso de pontos de contato será determinante.

Para o executivo da Google as tecnologias de gerenciamento e targeting para esse novo ambiente estarão disponíveis num período de 12 a 36 meses. O futuro da mídia estará baseado em alguns pilares:

  • Cross Media
  • Múltiplos formatos
  • Intercessão entre criatividade e ciência

Como ponto final,  Henrique de Castro aconselhou anunciantes e agências a abolirem de vez as denominações online e offline e pensar numa coisa só, pois em sua opinião essa fusão é definitiva e irreversível. A prova é que as campanhas de TV tem tido recall potencializado quando apoiadas por campanhas em vídeo online, com incrementos oscilando entre 30% e 50%.

A entrevista de Mark Zuckerberg do Facebook foi bem mais morna. O executivo se limitou a algumas obviedades, sobre a missão do Facebook e pouco mais.

Cannes Lions Festival – JWT

A palestra da JWT foi baseada em cases. Os dois mais legais foram o de ativação para a Heineken, que inclusive ganhou o Leão de Prata em Direct,  melhor que descrever é assistir ao vídeo http://bit.ly/bqTwGm.
O outro é um case da própria agência chamado My First Book, que mostra como as agências (lugares que reúnem tantos cérebros brilhantes, podem atuar em benefício da sociedade usando sua matéria prima: criatividade. http://bit.ly/d31Lvf

Cannes Lions Festival – ”The future of revolution is contribution”

Hoje é o segundo dia do Cannes Lions Festival. De tudo que vi até agora o que mais me chamou a atenção foi a palestra do Simon Mainwaring da Mainwaring Creative. Um ponto importante da palestra é que a tecnologia está nos ensinando a nos tornar humanos novamente, pois os valores universais, aqueles capazes de emocionar e envolver, são e continuarão sendo fundamentalmente humanos. Mainwaring recomenda que esqueçamos tudo aquilo que sabemos a respeito de propaganda e nos tornemos “arquitetos de comunidades”. O que isso significa pode ser resumido numa frase de efeito “The future of revolution is contribution”. A colaboração estará profundamente relacionada ao sucesso das marcas já que os consumidores se tornaram publishers, distribuidores, curadores, desenvolvedores ou aprimoradores de produtos e sobretudo a “reserva moral” das empresas, vigiando seus passos, apoiando causas, mas igualmente lançando movimentos de repúdio ou boicote a marcas cujo comportamento se mostre moralmente inaceitável. Para provar que lucratividade e transparência estão intimamente relacionados, Mainwaring apresentou um quadro que compara a valorização das ações das empresas socialmente responsáveis com a média das empresas listadas na bolsa de Nova Iorque. Adivinhe o resultado? Vale conferir o site http://simonmainwaring.com/